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12 DE DEZEMBRO DE 2010, DOMINGO
Nota de Abertura da NewsLetter de Dezembro de 2010
Este é mais um número da nossa neswletter, bem marcado por assuntos de repercussão internacional, com a crise do capitalismo no centro do processo.
Damos conta do importante 3º Congresso do Partido Europeu da Esquerda realizado em paris a 3, 4 e 5 de Dezembro em Paris onde este presente uma delegação da Renovação Comunista como organização observadora convidada. Neste importante evento, a esquerda procura dar respostas também no nível supracional quanto ao acentuar das dificuldades da crise capitalista na Europa e do prosseguimento ortodoxo da super-austeridade por imposição alemã e francesa.

Entrevistámos o Jorge Bateira, um economista contra a corrente que nos faz aqui um exercício de futurologia, melhor dizendo, de previsão, que é para isso que a ciência económica deveria servir, mostrando-nos o que acontecerá se as actuais orientações continuarem e se o povo não agir para inverter os dados da situação. É, também, pela visão do inferno em perigosa aproximação, que poderemos preparar o assalto ao céu, parafraseando o que Marx disse do empreendimento dos comunardos em Paris em 1871.

A crise que nos fustiga tem, sem dúvida, uma dimensão internacional que nos constrange e amarra, como é hoje compreendido por qualquer trabalhador, mesmo não versado em assuntos económicos. São essas trancagens dos tratados europeus que impedem – e combatem - a adopção de mecanismos solidários para empreender a resposta e re-ganhar a prosperidade. João Rodrigues, no seu estudo, elenca para nós quais são esses nó-górdios para melhor compreendermos onde deve incidir o arremesso da nossa força organizada.

Da mesma forma, há quem ande bastante insatisfeito, ao nível dos sindicatos, com a ineficácia das respostas para lidar com uma situação que, quase de súbito, gerou uma imperiosa necessidade de actuação internacionalmente articulada dos trabalhadores. É bom lembrar que o carácter súbito e internacional das condições revolucionárias foi desde logo sublinhado pelo jovem Marx em “A ideologia Alemã”. É isso que o António Avelãs nos dá conta no que resultou da reunião de sindicatos ocorrida recentemente em Lisboa.

Ainda em registo fortemente internacional, Martins Coelho comenta a cimeira da Nato e fála-nos de como é imperioso compreender bem o processo desta aliança militar para que um dia seja possível construir-se uma ordem mundial apontada a uma humanidade una e universal, livre progressivamente da segmentação nacional.

É verdade que as tarefas internacionais do movimento dos trabalhadores estão atrasadas, mas ainda assim, os editores da Newsletter da Renovação Comunista não querem esquecer, e que ninguém se esqueça, de tudo fazer para concretizar a maior ajuda de todas que podemos fazer em Portugal para melhor a situação internacional: ajudar a que se barre o caminho à direita nas suas pretensões de construir uma situação de monopólio do poder com uma maioria na Assembleia da República e um Presidente. Para isso, as forças internacionalistas têm pela frente a tarefa imediata de contribuir com todos os esforços para impedir a eleição de Cavaco Silva, o candidato da direita, fazer com que haja uma segunda volta e permitir assim a chegada a Belém de um candidato comprometido com uma saída de esquerda para o país. Vamos por isso trabalhar para eleger Manuel Alegre.