17 DE JANEIRO DE 2011, SEGUNDA FEIRA
NÃdia Zózimo
Cinema
Hoje é leve, vamos ao cinema.
Como os cinéfilos não vêem só obras-primas, escolhi uma obra-prima e um filme belo.
O Mágico
Uma obra prima em época de crise, com os anos 50 em pano de fundo, e o mundo que muda, a pobreza e o desemprego, num filme mágico e simples, triste e solidário, desesperado e com esperança, e um final digno de saÃda de cena para recordar.
Homenagem a um génio, Jacques Tati, com a assinatura de Sylvain Chomet, filme de animação perfeito, de Paris à gélida Escócia, a humanidade passa por lá. Como a vida, o velho dando lugar ao novo, tanto nas pessoas como na cultura, o Music Hall substituÃdo pelo Rock.
História duma amizade entre uma adolescente e um homem velho, num cenário de mudança.
Quem chora fácil, leve lenço, que isto de obras primas também merece lágrimas.
O Turista
Revisitando o cinema clássico, as divas ainda brilham, os actores representam e maravilham, um policial tem suspense.
O Turista vive duma Angelina Jolie a lembrar a elegância de antigamente, dum Johnny Depp contido no papel dum professor de matemática, e da minha cidade preferida, Veneza.
O argumento poderia ter sido melhor construÃdo, concordo, mas não faltam pormenores que, de tão transparentes, nos levam ao engano, e os diálogos posteriormente revistos, cheios de significado.
Mas não se enganem. Servido como policial, é uma história de amor, como quase todas as grandes histórias clássicas.
Para os amantes da beleza.
Depp tem 2 nomeações este ano para os Óscares, uma delas por este papel, embora eu, que tenho um fraquinho bem grande por ele, espere que seja a outra nomeação a dar-lhe essa honra.