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22 DE MARÇO DE 2025, SÃBADO
FONTE: RC
POR: José Cavalheiro
Antecedentes da Invasão da Ucrânia
versão resumida
Recapitulam-se aqui episódios relevantes que estão na base do eclodir da guerra da Ucrânia e da invasão russa. Conhecer como as coisas começaram e, porventura, saber a origem das coisas será meio caminho andado para ajudar a acabar com esta guerra! Veja aquia versão alargada deste relato
Com o desmoronamento da União Soviética e a dissolução do acordo militar, o Pacto de Varsóvia em 1991, a Nato apesar da extinção do regime comunista foi-se expandindo para Leste.

Mas a Rússia continuava a ser um grande país dotado dum exército poderosos e de um grande arsenal nuclear. Os EUA estavam empenhados em desmantelar o que restava da URSS, explorando todas as tensões e investiram fortemente no nacionalismo ucraniano.

Na Ucrania os protestos populares contra a opção do presidente Viktor Yanukovych de se aproximar do governo russo, foram acompanhados pela intervenção organizada de grupos nacionalistas que estavam a ser patrocinados através da USAID. Alguns dos membros fundadores e integrantes iniciais do Batalhão Azov estiveram envolvidos nos protestos em Kiev na praça Maidan.
Os confrontos sangrentos levaram ao golpe que afastou o presidente Yanukovych.

O novo governo em Kiev adotou de imediato uma série de medidas que afetaram diretamente os habitantes da região do Donbass: Revogação da Lei de Línguas, operações militares contra as regiões de Donetsk e Luhansk, bloqueio econômico ao Donbass, o corte de Serviços Públicos, como eletricidade, água e gás, em várias áreas do Donbass e restrições à Liberdade de Movimento entre o Donbass e outras partes da Ucrânia, bem como perseguições políticas.

Essas medidas, combinadas com a resistência armada das forças pró-Rússia no Donbass, levaram a um conflito prolongado que resultou em milhares de mortes e um grande número de deslocados internos e refugiados.
A primeira derrota militar do exercito ucraniano levou ao acordo de Minsk I (setembro de 2014), que depois falhou . A Rússia respondeu anexando a Crimeia em março de 2014.

Após nova derrota militar ucraniana na batalha de Debaltseve, foi assinado o acordo de Minsk II (Fevereiro de 2015), onde a França e a Alemanha serviram de mediadores. Como foi publicamente reconhecido por François Holande e Angel Merkel, o objectivo destes acordos foi o de ganhar tempo para desenvolver o exercito ucraniano que começou a treinar 10.000 homens por ano. Ou seja, a França e a Alemanha enganaram deliberadamente a Russia, apoiando um Acordo de Paz para ganharem tempo para preparar a guerra.

Entretanto o regime que resultou do golpe de estado continuou a permitir o avanço dos grupos nazis e a sua integração em unidades do estado ucraniano.

Em Abril de 2015 o presidente Poroshenko, um oligarca milionário apoiado pelos EUA, lançou a “Operação Antiterroristaâ€, para sufocar a sublevação no Donbas, em que as operações foram entregues á Guarda Nacional, que incluía unidades para militares banderistas. Os bandeiristas são admiradores de Stepan Bandera, antissemita e criminoso de guerra, também considerado corresponsável pelo Holocausto na Ucrânia, que vitimou mais de um milhão de judeus soviéticos.

Em Setembro de 2020, já com Zelensky, a Ucrania promulga a Estratégia Nacional de Segurança da Ucrania, e em Março de 2021 a Estratégia Militar da Ucrania, onde em ambos os documentos se considera que o inimigo principal da Ucrânia é a Rússia, e que esta se deve preparar para a guerra, com a ajuda dos EUA e da Nato.

O embaixador ucraniano na Alemanha, Andriy Melnyk, anunciou em 15 de Abril de 2021, a intenção da Ucrânia se dotar de armas nucleares, caso não fosse integrada rapidamente na Nato.

Na declaração conjunta dos EUA e da Ucrania intitulada A parceria estratégica EUA-Ucrania, de 1 de Setembro de 2021, os EUA prometem reforçar a sua ajuda militar á Ucrania, com o envio de armas de guerra avançadas, bem como desenvolver esforços para impedir o funcionamento do gasoduto North Stream II, para impedir que a Alemanha tenha acesso a gás barato exportado pela Russia.

Era já evidente que os interesses norte americanos incluíam já a Alemanha como adversário económico a abater, o que foi conseguido com o corte do gás russo e os consequentes problemas energéticos da indústria alemã.

Em 2015 a violação do Tratado de Forças Nucleares de Médio Alcance (1987), levou os EUA a implantarem na Roménia (2015) e Polónia (2018), um novo sistema anti míssil, mas que também serve para disparar misseis ofensivos como os Tomahawk, que demoram menos de 12 minutos a chegar a Moscovo.

O embaixador ucraniano na Alemanha, Andriy Melnyk, anunciou em 15 de Abril de 2021, a intenção da Ucrânia se dotar de armas nucleares, caso não fosse integrada rapidamente na Nato.

O impasse continuou até 2022, quando a Rússia usou o "fracasso de Minsk II" como uma das justificações para reconhecer Donetsk e Luhansk como independentes, antes de invadir a Ucrânia.

Principais justificações apresentadas pela Rússia:
• Proteção de Populações de Língua Russa.
• O governo russo alegou que a Ucrânia estava sob o controle de elementos neonazistas e que a invasão era necessária para "desnazificar" o país..
• Prevenção da Expansão da NATO e Interesses de Segurança Nacional alegando que a Ucrânia poderia tornar-se uma base para agressões ocidentais contra a Rússia..

Pouco antes da invasão, a Rússia reconheceu a independência das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, regiões separatistas no leste da Ucrânia. A Rússia justificou a invasão como uma medida para proteger essas entidades e garantir sua segurança.








 

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