 10 DE SETEMBRO DE 2021, SEXTA FEIRA Nota da Renovação Comunista O ex-dirigente do PCP Carlos Costa faleceu em Portimão aos 93 anos Na hora do desaparecimento de Carlos Costa, a Renovação Comunista toma posição. Foto da Sic. O ex-dirigente do PCP Carlos Costa faleceu em Portimão aos 93 anos.
À camarada Margarida Tengarrinha e à família, a Renovação Comunista apresenta as nossas condolências e não deixa de acompanhar a valorização do contributo que Carlos Costa deu como figura destacada na luta contra o fascismo e que vem merecendo realce na generalidade das manifestações de pesar dos democratas.
Carlos Costa foi um esteio da organização clandestina do PCP sem a qual não teria sido possível erguer com sucesso a resistência e nem teria sido possível sustentar um vasto movimento unitário de luta legal que permitiu, depois do derrube da ditadura, dar ímpeto ao processo revolucionário.
A dedicação à causa comunista que foi o sentido da vida de Carlos Costa tem naturalmente vicissitudes, escolhas concretas e originou enfrentamentos com outras opiniões, incluindo contra membros da nossa Associação Política sujeitos que foram à sanção partidária, que podem ser discutidas e serão discutidas num tempo subsequente tanto no plano da teoria, como na conduta concreta da ação e no exercício da vida partidária.
A Renovação Comunista, sem esquecer a contribuição de Carlos Costa, recusa tornar a sua figura num mero ícone acima da análise e da discussão, com esvaziamento do que foi uma vida de participação com incidência palpável no processo histórico, nos seus avanços, mas também nos retrocessos. Antes considera que é na reflexão histórica e no debate sobre as várias posições que marcaram o movimento comunista em Portugal nas últimas décadas, e sobre as posições de Carlos Costa em concreto, que poderá ser aperfeiçoado o projeto comunista e abrir-se o caminho à vitória de uma terra sem amos.
|