No seu conjunto o conjunto dos partidos que viabilizaram essa solução progrediu 3 pontos percentuais, passando de 50% para 53% e de 122 deputados para 137 deputados. Esta é a expressão numérica da avaliação. Mas mais importante foi a melhoria das condições de vida da generalidade da população.

Com esta votação, os portugueses deram uma indicação inequívoca de que se sentiram confortáveis com aquela solução, tendo-se desfeito velhos preconceitos e antigas reservas partidárias. A esquerda à esquerda do PS, longe de constituir uma ameaça como era uso considerar-se, representou uma apreciável contribuição para que se tenha ido mais longe do que os acordos de 2015 tinham previsto.

Sendo considerado por todos – PS, BE, PCP e PEV – que muito ficou por fazer, sobretudo na área das políticas sociais, alguma coisa se ganhou com esse reconhecimento. Ficou-se com um diagnóstico mais preciso do que falta fazer e como fazer, tanto nas medidas imediatas como naquelas que terão de se desenvolver ao longo da legislatura. A melhor solução para dar resposta àqueles défices, dando-lhe consistência e coerência política, é manter o acordo entre aquelas formações partidárias, tendo como referência uma orientação programática que guie as medidas a serem aplicadas.

Esta é a posição da Renovação Comunista enquanto associação que sempre defendeu a convergência dos partidos de esquerda com o PS. Na medida das suas possibilidades, a Renovação Comunista dará o seu contributo para que o futuro governo, constituído na base dos pressupostos enunciados, tenha condições para concretizar as políticas que a população reclama.


Lisboa, 8 de Outubro de 2019
A Direcção da Renovação Comunista