06 DE JUNHO DE 2013, QUINTA FEIRA Nota editorial da NewsLetter de Junho de 2013 O espaço da Newsletter da Renovação Comunista continua na sua senda de contestar os pontos de vista de Vitor Gaspar, a figura ideológica e económica deste governo.
Procuramos interrogar sobre a força motriz por detrás da economia polÃtica da presente crise e repescamos a velha questão da Lei de Marx sobre a queda tendencial da taxa de lucro e dos esforços adaptativos que desencadeia para o seu restauro.
E, é claro, insistimos em como esta lei/compulsão económica, conduz ao fenómeno da destruição de valor. Em termos práticos, isso quer dizer que, para restaurar a taxa de lucro, vale tudo, deste os bombardeamentos, mesmo os de Hiroxima, até ao fecho brutal das estações dos CTT deixando milhares de cidadãos sem serviços por esse paÃs fora. A escala poderá ser diferente, mas há uma natureza económica semelhante entre o que se passa nos bairros e aldeias deste paÃs e as formações de bombardeiros da IIª Guerra Mundial a destruir património e gente a eito.
Procuramos desmentir o mito de que foi a dÃvida e o suposto aumento da rendimento das pessoas que desencadeou a presente crise. Procuramos mostrar como gente sem moral nenhuma, os cÃnicos jogadores no casino do capital especulativo , inventou uma inacreditável acusação moral contra os povos e os Estados que andaram supostamente a gastar à maluca. Trata-se no fundo daquela prevenção atribuÃda a Marguerite Duras que nos previne acerca da moral dos que andam sempre a criticar a moral dos outros. Geralmente fazem-no para encobrir a sua completa falta de moral.
Finalmente, procuramos divulgar teses recentes que levantam novas hipóteses para explicar a base de classe que está por detrás do austeritarismo – em oposição ao keynesianismo americano e japonês - que, se forem confirmadas, permitirão selecionar melhor o alvo da luta de classes e construir melhor a polÃtica de alianças que leve esta polÃtica à derrota.
A nossa ideia é sempre a de procurar preparar a vitória prática com a vitória preliminar no plano da teoria. Importa pois desmascarar e desmontar os pontos de vista obscurantistas do austeritarismo. Só iluminada pela teoria poderá a ação ter sentido e eficácia.
lucro e taxa de lucro Enviado por Paulo Fidalgo, em 09-06-2013 à s 07:36:14 Não sei se a vulgata marxista acha que há baixa de lucro. Não conheço essas referências. O que o marxismo, Marx em concreto, afirmam é que há uma tendência, para a TAXA de LUCRO cair. Taxa é uma coisa, lucro é outra. Tendencial baixa de lucro Enviado por Cipriano Justo, em 08-06-2013 à s 11:13:53 É precisamente devido à tendencial baixa do lucro nos bens transaccionáveis que o capital financeiro investe na especulação e intervém na vida económica e polÃtica dos paÃses por via das taxas de juro dos empréstimos e outros instrumentos financeiros. O que está a acontecer desde 2007 é disso exemplo, com o objectivo de diminuir os custos do trabalho e recuperar as margens de lucro dos bens transaccionáveis. Numa análise superficial pode parecer que é a sua confirmação, mas o que de facto está a acontecer é uma reacção do sistema financeiro à tendencial baixa do lucro. Teoria Enviado por Paulo Fidalgo, em 08-06-2013 à s 10:45:15 Se a teoria for considerada importante, então a queda tendencialmente da taxa de lucro pode explicar boa parte do movimento actual na economia. Se ela é vulgar ou vulgarizada então que se mostre os caminhos para melhor caminhar neste processo . Contudo, essa visão melhorada não fica percetÃvel no comentário anterior. Teoria da queda do lucro Enviado por José Manuel Oliveira, em 07-06-2013 à s 14:21:58 Sempre me pareceu que a teoria serve, se permitir compreender e contextualizar melhor as realidades. Neste caso sucede o contrário. Esta época já foi descrita(e bem) como a ERA DOURADA DOS GRANDES LUCROS. As grandes corporações têm vindo a acumular lucros exponenciais nunca vistos e pagar cada vez menos impostos. Nunca pagaram tão pouco. Algumas nem pagam nada devido aos alçapões legais que os seus agentes infiltrados nos governos conseguem fazer aprovar. Os directores das grandes companhias auferem salários na média dos 5000 a 20000 à hora e parte choruda desses montantes é dedutÃvel nos impostos, como tb são dedutÃveis as multas pagas por essas BIG BUSINESS por práticas anti-concorrenciais ou lesivas dos clientes. Estes são apenas alguns dos factos que desmentem as teorias da obsoleta vulgata marxista da tendencial baixa do lucro onde certas almas pararam, se entrincheirarm e de onde se recusam a sair. O inimigo, o BIG MONEY, agradece reconhecido os prestimosos serviços assim prestados à causa da NOVA OREDEM MUNDIAL. |