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27 DE NOVEMBRO DE 2011, DOMINGO Nota editorial da NewsLetter de Novembro de 2011 A avaliação da jornada de luta de 24 de Novembro não cabe dentro de um valor numérico. Ela valeu pela oportunidade, pela transversalidade e pela unidade demonstradas. Na véspera da aprovação de um orçamento de Estado que representa a rendição à lógica do capital financeiro, muitos milhares de trabalhadores, tanto do sector público como do sector privado, uniram-se numa demonstração de que se opõem e vão continuar a opor-se ao rol de medidas que vai lançar importantes segmentos da população na dependência do assistencialismo. A circunstância de se ter concretizado com êxito uma greve geral quando o estado de espírito dominante é o de medo pelas incertezas que os mercados estão diariamente a introduzir no quotidiano das pessoas, representa um passo em frente na direcção da tomada de consciência de que colectivamente se tornará possível inverter as políticas que a direita está determinada a aplicar. Embora vá ser longo e acidentado, o combate simbolicamente iniciado no dia 24 irá seguramente ter consequências no formato das soluções governativas futuras, assim os actores políticos saibam interpretar o espírito de unidade que esteve presente na paralisação.
De facto, pela segunda vez nos últimos meses, CGTP e UGT uniram os seus esforços, ultrapassaram divergências antigas e mobilizaram as suas energias em torno do que é central e prioritário nos próximos tempos: criar um movimento de resistência à vertigem reaccionária que está a assolar o país e abrir caminho a uma alternativa política que represente uma via de desenvolvimento e bem-estar para portugueses. | 2023 2022 2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 | |