 04 DE JUNHO DE 2008, QUARTA-FEIRA FONTE: Expresso POR: Humberto Costa, Lead e Título de comunistas.info Xana dos Radio Macau marcou o Compasso da Festa! "Quando Uma Rosa Morre Outra Cresce em Seu Lugar" Momento Histórico na Convergência à Esquerda no Teatro da Trindade Com uma actuação tensa, emocionada, Xana e os Radio Macau estabeleceram a agenda da Reunião do Teatro da Trindade. "é preciso mudar!" Os Rádio Macau abriam a festa no Teatro Trindade, em Lisboa, lotado (490 lugares). Algumas centenas de pessoas aguardavam na rua na expectativa de um lugar. Ao lado, o anfiteatro do Espaço Chiado enchia também, com mais de duas centenas de pessoas, dispostas a assistir ao comício/festa, transmitido em directo num ecrã gigante.
Xana, a vocalista da banda, interpretava a canção: "Quando uma rosa morre outra Lua se anuncia". Na primeira fila, ao lado de Louçã, Paulo Sucena e Ana Benavente, Manuel Alegre aplaudia. Mais tarde, em discurso, Alegre não confirmava o óbito da rosa (símbolo do PS), mas diagnosticava-lhe uma doença profunda, ideológica.
Para o deputado, o modelo económico "neo-liberal" assenta em valores contraditórios com os do socialismo e, enumerou o que designa de mitos criados pela direita, designadamente aquilo a que chamou a "diabolização do serviço público e divinização do mercado". E se algumas das intervenções que o precederam (José Soeiro deputado do BE e Isabel Allegro, professora universitária e colaboradora de Maria de Lourdes Pintasilgo) afirmavam princípios, mas pareciam evitar ferir susceptibilidades na esquerda, até a de alguns dos presentes, Manuel Alegre não. Subscreveu princípios, reconheceu diferenças e, no plano dos princípios, traçou fronteiras apertadas para muitos dos seus camaradas.
Numa primeira parte respondeu às críticas de que foi alvo de dentro do seu partido por ter aderido a esta iniciativa. À quebra de lealdade para com o PS, de que foi acusado por parte do seu camarada e porta-voz do partido, Vitalino Canas, Alegre respondia: "A minha lealdade é para com esses portugueses, muitos milhares, que são socialistas e que neste momento estão no desemprego". Para depois acrescentar: "Nunca pedi autorização a ninguém para poder estar onde quero e com quem quero".
Da irreverência ao divórcio
A procissão ia no adro, já que o deputado reservava uma parte importante do seu discurso para avivar fronteiras intransponíveis entre o seu PS e o que José Sócrates representa, começando, desde logo pela política económica: "As contas públicas foram consolidadas, e depois? O que é que isso muda na vida das pessoas?" Alegre arrancava aplausos de uma plateia ao mesmo tempo espantada. o socialista empolgava e empolgava-se: "A falta de competitividade não pode ser imputada aos trabalhadores, mas antes ao modelo económico que promove a precariedade". Alegre percorria todos os cantos da contestação como quem conhece bem as razões dos contestatários e os pecados dos contestados: "Hoje diabolizam-se os serviços públicos e diviniza-se o mercado (...) é preciso tirar o Estado da clandestinidade". Lançava soluções, e questionava a esquerda, ali, paralisada a ouvi-lo: "Como inverter a política neo-liberal? Como caminhar para um Estado transparente que não seja minado pela promiscuidade e pela corrupção?" Acabaria por dizer que não estava ali a "queixar-se" mas antes a "fazer uma exposição de factos". E a plateia terminaria a aplaudir de pé o culminar do discurso: "É tempo de uma nova política. É chegado o tempo não de retirar esquerda à esquerda mas de somar esquerda à esquerda". Entre os presentes eram muitas as caras conhecidas: Ana Benavente, Edmundo Pedro, Henrique Neto, José Neves (todos militantes do PS), Carlos Sousa (PCP, ex-presidente da Câmara de Setúbal), Paulo Sucena (ex-dirigente da Fenprof), Domingos Lopes (ex-membro do comité central do PCP), Paulo Fidalgo, entre outros. Também o Bloco de Esquerda tinha uma presença significativa: Francisco Louça, Miguel Portas, Daniel de Oliveira, José Soeiro, Ana Drago, entre muitos outros.
e agora? Enviado por Joana, em 06-06-2008 às 20:34:03 E agora, meus caros, tudo continuará como dantes. Manuel Alegre nunca abandonará o PS e continuará igual a si mesmo - fomentando alguma polémica de vez em quando mas continuando ligado ao seu partido de sempre, apesar das intervenções discordantes de algumas acções do seu governo. e agora Enviado por daniel, em 05-06-2008 às 22:45:35 e agora o que saira desta reunião as forças de esquerda estão prontas para se reagrupar e deixar para tras certos ideais que as separarm em nome do salutar viver do povo manuel alegre ira ver que antes dos partidos está o povo pensso que se ele encabeça-se esta nova e renovada esquerda depois da visiblidade e votação que teve nas presidencias poderia dar uma nova vitalidade e aspirações ao povo de esquerda que não se reve num ps descaraterizado e uma esquerda que continua saudozista e dogmatica.
Caro camarada Manuel Alegre o movimento teve um tempo e preciso agora dar corpo a alma que se criou. Pergunta simples ou talvez dificil! Enviado por Rosa Glutz, em 04-06-2008 às 17:06:49 E agora qual é o programa??? Ha muita gente ha espera. |