O Conselho Nacional da Renovação Comunista decidiu apelar para inciativas de convergência e diálogo à esquerda com vista encontrar novas oportunidades de representação aos amplos sectores que hoje se divorciam da base de apoio ao governo em preparação do ciclo eleitoral que se avizinha.
Para a RC, é necessário uma plataforma de políticas alternativas e de uma proposta de alternativa política pelas forças à esquerda do actual governo do PS, como caminho para que as portuguesas e os portugueses encontrem nas próximas eleições as condições de fazer deslocar para a esquerda o rumo da governação. Sem novos compromissos e convergências à esquerda, não se evitará a reprodução de um quadro partidário bloqueador nem a funesta alternância entre forças do bloco central que vêm impedindo nas últimas décadas a modernização do país.
É no plano programático da alternativa que o debate se deve centrar, antes mesmo da atenção ao elenco de soluções orgânicas concretas, na medida em que a viragem á esquerda passa por convencer a opinião pública de que a esquerda tem credibilidade para integrar o perímetro da governação e inflectir o seu rumo, mostrando como são as suas propostas indipensáveis à boa governabilidade do país.
Ao contrário dos cultores da tese da falta de alternativas, para a Renovação Comunista é hoje possível apresentar um programa abrangente de mudanças efectivas onde redistribuição e crescimento se equilibrem por via de uma economia remodelada e democratizada.
A procura de uma tal plataforma pressupõe um significativo re-desenho programático em conexão com uma visão renovada da posição de Portugal na Europa e no Mundo. Importa naturalmente romper com a excessiva competitivivade entre as formações políticas à esquerda, e dar assim lugar ao debate criativo em articulação com as reclamações populares expressas nas cada vez mais intensas movimentações a que o país assiste.
O Conselho Nacional da Renovação Comunista analisou o desenvolvimento da luta dos professores e pronuncia-se pela urgente abertura de um efectivo processo negocial sério e sem condições prévias que premita projectar a luta em efectivas mudanças e modernização da escola pública portuguesa.