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21 DE ABRIL DE 2007, SÁBADO
Grande Convívio Unitário no Mercado da Ribeira
Em Abril Esperanças Mil
Com mais de 400 pessoas, o apelo a prosseguir Abril
Realizou-se no Mercado da Ribeira o grande jantar de comemoração do 25 de Abril que juntou organizações e personalidades num convívio plural e virado para reclamar mais democracia participativa. Retomar uma visão avançada e transformadora de Portugal foi o lema dos intervenientes
Estiveram presentes democratas de várias tendências, desde socialistas como Edmundo Pedro, personalidades do Bloco de Esquerda como Carlos Marques e Pedro Soares, esteve presente o antigo deputado e dirigente histórico da UDP e figura militar prestigiada do MFA, o major Mário Tomé, e muitos, mesmo muitos comunistas. Esteve presente o dirigente histórico dos comunistas portugueses, Carlos Brito, e esteve igualmente presente o deputado João Semedo. Esteve gente de várias correntes como o actor Rui Mendes, o arquitecto Nuno Portas, a pintora Teresa Dias Coelho, o antigo presidente da Câmara de Beja, Carreira Marques, o antigo presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Rogério de Brito. Numa oportunidade de reencontro, festa e convívio, foi visível o gosto e a vontade de agir e repensar a acção política em Portugal.

O ponto culiminante foi o momento dos discursos políticos. Fernando Vicente, herói da resistência anti-fascista, antigo membro do CC do PCP e da comissão da festa do Avante discursou em nome da Comissão Promotora, chamando a atenção para a necessidade de relançar a praxis unitária dentro do pluralismo e da diversidade, contra todas as manifestações de fechamento e sectarismo. Para Fernando Vicente, a melhor forma de responder às emanações da direita e da extrema direita que nestes dias têm dado mostras de um certo frenesim, é motivar os cultores de Abril e da democracia a exercerem na sua plenitude uma acção de aprofundamento e questionamento. Fernando Vicente assinalou que esta foi a 4ª vez que se realizou o jantar e que foi este ano o mais numeroso e participado de sempre.

Discursou em segundo lugar a arquitecta Helena Roseta que fez notar a importância de desenvolver a democracia participativa, de dar força às redes de cidadãos e de organizações sociais, que rompam com o pensamento único e conquistem no espaço social e popular uma alternativa e um aprofundamento em relação à democracia formal.

Discursou finalmente o comandante Martins Guerreiro, figura chave do MFA e ex-membro do Conselho da Revolução, que trouxe a autoridade de revolucionário de Abril para a necessidade de fomentar novas respostas democráticas que superem os constrangimentos da democracia formal. Martins Guerreiro procurou sublinhar como, depois da Revolução de Abril, é imperioso edificar uma visão, um plano para conquistar novos avanços.

O convívio terminou com uma evocação e homenagem a Zeca Afonso onde se recordaram, em imagens de diaporama, o rosto e o som do cantor-símbolo do 25 de Abril

Políticamente, e de forma simplificada, o que se passou no jantar foi um reencontro de gente do PS, do BE e do campo comunista. Esse evento, ainda que a pretexto de uma evocação histórica, foi um muito interessante sinal das reorganizações e reconfigurações políticas por que passa a esquerda portuguesa. Algo se passa de facto por debaixo do aparente imobilismo com que por vezes a comunicação social desenha a realidade nacional. Se a esquerda se encontra, debate e convive, pois isso constitui alimento para novas e mais vastas iniciativas.


 

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